Dr. João Daniel

Autoestima e varizes: qual a relação?

Varizes

Você olha para as pernas e vê mais que algumas veias dilatadas. Vê aquela saia que deixou de usar. O vestido guardado no armário. O receio de ir à praia, de cruzar as pernas em uma conversa, de aparecer nas fotos. As varizes mexem com a circulação, sim. Mas, muitas vezes, o impacto maior acontece em outro lugar: na autoestima.

E isso não é exagero. Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) mostram que mais de 70% das mulheres com varizes relatam algum grau de impacto emocional. E não é difícil entender o motivo. Embora seja um problema médico, com sintomas reais como dor, inchaço e sensação de peso, as varizes têm também um componente visual forte, que afeta diretamente a forma como a pessoa se sente em relação ao próprio corpo.

Neste artigo, vamos conversar sobre essa relação entre varizes e autoestima de forma acolhedora e informativa. E, claro, mostrar que você não precisa conviver com esse desconforto.

O impacto emocional das varizes é real

Mais do que estética, é sobre liberdade de escolha

Quem nunca deixou de vestir algo por não se sentir à vontade? Quando falamos sobre varizes, a preocupação com a aparência vai muito além da vaidade. Trata-se de liberdade de escolha, de movimento, de estar presente. O desconforto emocional gerado por essas alterações na pele pode levar à retração social, baixa autoestima e insegurança, afetando diretamente a qualidade de vida.

Muitas mulheres relatam sentir-se menos confiantes em situações sociais, profissionais ou afetivas. E quando essa sensação se torna frequente, acaba moldando comportamentos, escolhas e percepções de valor pessoal.

O que os estudos mostram sobre autoestima e aparência das pernas

Segundo dados do Ministério da Saúde, as varizes atingem cerca de 38% da população brasileira, com maior incidência entre mulheres. Além dos sintomas físicos, diversos estudos indicam que alterações visíveis no corpo estão entre os principais fatores associados à insatisfação com a imagem e com a autoestima.

Um estudo publicado no Journal of Vascular Nursing reforça que, quanto mais visíveis são as varizes, maior tende a ser o impacto emocional relatado pelos pacientes. E isso não se limita à questão estética: o simples medo de sentir dor, ou de que as veias piorem, já gera ansiedade e tensão.

Como as varizes afetam o dia a dia

Insegurança, constrangimento, roupas que deixam de ser usadas

O verão chega, mas o short continua no armário. A praia chama, mas o biquíni fica na gaveta. Muitas pacientes relatam sentir vergonha de mostrar as pernas por conta das varizes, o que compromete a liberdade e a espontaneidade em momentos que deveriam ser de prazer e descanso.

Esse tipo de restrição começa pequeno, mas vai se acumulando. Deixa-se de sair, de se expor, de se divertir. Aos poucos, as escolhas vão sendo condicionadas ao receio do julgamento, à insatisfação com a imagem ou ao desconforto com a própria aparência.

O desconforto físico também pesa no emocional

Não é só sobre aparência. As varizes, em muitos casos, provocam dor, queimação, cansaço nas pernas, inchaço e sensação de peso. Esses sintomas se intensificam ao longo do dia e podem interferir na produtividade, no sono e na rotina.

Quando o corpo está em sofrimento constante, mesmo que discreto, isso afeta o humor, a disposição e a autoestima. O bem-estar emocional depende também de conforto físico. E tratar as varizes é um caminho direto para resgatar esse equilíbrio.

Os tratamentos modernos mudaram tudo

Laser, espuma e cirurgia minimamente invasiva

Hoje em dia, tratar varizes é muito diferente do que era antigamente. Os procedimentos evoluíram e se tornaram mais eficazes, mais rápidos e menos invasivos. Dependendo do grau da doença e das características do paciente, é possível optar por técnicas como:

  • Laser transdérmico, para vasos mais superficiais;
  • Escleroterapia com espuma, indicada para varizes de pequeno e médio calibre;
  • Cirurgia a laser ou radiofrequência, que dispensa grandes cortes e tem recuperação acelerada.

Todas essas opções são feitas com segurança, baseadas em exames como o eco-Doppler, que permite um planejamento preciso do tratamento.

Procedimentos seguros, eficazes e com rápida recuperação

A maioria dos tratamentos é feita em ambiente ambulatorial, com anestesia local, e permite que o paciente retome as atividades no mesmo dia ou em poucos dias. Além disso, os resultados costumam ser visíveis em semanas, devolvendo leveza, mobilidade e confiança.

E não se trata apenas de “sumir com as veias”. O tratamento promove alívio dos sintomas físicos e melhora significativa na percepção de bem-estar. Muitos pacientes relatam não apenas menos dor, mas mais autoestima, mais leveza para se vestir, sair, se movimentar.

Quando procurar um angiologista?

Não precisa esperar “ficar grave” para cuidar

Um erro comum é esperar que as varizes estejam grandes, dilatadas ou muito sintomáticas para procurar ajuda. Mas a verdade é que o tratamento é mais simples e mais eficaz quando feito logo nos primeiros sinais: pequenas veias visíveis, desconforto leve, cansaço nas pernas no fim do dia.

Procure um angiologista assim que perceber algo diferente. Quanto mais cedo a avaliação, mais tranquilidade você tem para planejar o tratamento e cuidar da sua saúde com calma e autonomia.

A saúde emocional também merece atenção especializada

Muitas vezes, não é apenas a veia que incomoda: é a forma como ela faz você se sentir. E isso também é motivo para procurar um especialista. O bem-estar emocional é parte essencial da saúde como um todo, e tratar as varizes pode ser um passo importante para recuperar confiança, autoestima e qualidade de vida.

O olhar humanizado do especialista é fundamental nesse processo. A escuta, o acolhimento e a orientação personalizada ajudam você a tomar decisões com segurança e clareza, sem pressão ou julgamento.

Conclusão: cuidar das varizes é cuidar de você por inteiro

As varizes não definem você, mas a forma como você se sente com elas importa. Se o espelho incomoda, se a roupa limita, se o corpo avisa que algo não vai bem, talvez seja hora de dar ouvidos a esses sinais. Cuidar das varizes é um gesto de autocuidado que vai muito além da aparência. É sobre recuperar o conforto, a liberdade, a confiança e a alegria de se reconhecer nas próprias escolhas.

Se você quer entender melhor suas opções e receber uma avaliação completa, com escuta atenta e indicações seguras, agende uma consulta com o Dr. João Daniel. Seu corpo merece cuidado. E você também.

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